Sete estabelecimentos comerciais foram fechados durante a chamada “Operação Pancadão”, realizada neste fim de semana em São Paulo para combater festas que atrapalhavam o sono de moradores do guia do bairro Campo Limpo, na Zona Sul de São Paulo. A operação foi feita em conjunto entre as polícias Militar, Civil, a Prefeitura e o Conselho de Segurança do bairro.
Durante a operação a polícia apreendeu aparelhagens de som e fechou um baile que, às 2h da manhã estava lotado de menores de idade. A polícia diz que operações como essa servem para evitar que o barulho dure a noite toda. A medida divide os moradores – entre aqueles querem curtir a festa e quem passa madrugadas sem dormir. “Eles ameaçam e intimidam, por isso procuramos a policia. O barulho começa às 22h e vira sábado e domingo”, disse um jovem que não quis se identificar.
Quando a equipe da TV Globo chegou a um bar da região, a música estava baixa. Mas quem trabalha em frente não está acostumado com esse sossego. “O som é alto. Muita bagunça, o bairro todo. De madrugada, vários pancadão”, diz uma moradora. “O barulho aqui é constante, muita música indecente, tem muito pai de família aqui também. E é esse inferno todo”, diz outro morador.
Durante a operação, a polícia fechou bares por falta de alvará e apreendeu muitas máquinas caça-níqueis. Os policiais receberam uma informação de um pancadão na região. A música da festa na Rua João Dias de Vergara foi imediatamente desligada. O salão foi esvaziado e causou revolta de quem estava na festa.
Houve princípio de tumulto, e os policiais usaram bombas de efeito moral, cacetetes e spray de pimenta para disperar a multidão.
Todo material apreendido na operação foi levado para a delegacia e será analisado. Se o som da aparelhagem for considerado potente demais para o tamanho do estabelecimento, o proprietário poderá ser indiciado por crime ambiental. “Dependendo do tamanho e forma de isolamento de som a tolerância de decibéis aumenta ou diminui”, diz o delegado Jesus de Carvalho Jr. “Eles podem chegar a ser indiciados por crime ambiental
Os donos dos estabelecimentos fechados têm cinco dias para apresentar a documentação necessária se quiserem reabrir o comércio. Eles pode ser multados em até R$ 4 mil. Durante a operação, a polícia também apreendeu 20 máquinas caça-níqueis.
Fonte: G1