Traficantes de drogas continuam a usar menores de idade para incendiar ônibus em São Paulo e as bases da Polícia Militar ainda estão na mira dos bandidos.
Na noite da última terça-feira, 15 adolescentes obrigaram passageiros, o motorista e o cobrador de um ônibus a descerem. Depois, atearam fogo no veículo. O crime aconteceu na Estrada do Campo Limpo, na Zona Sul. Esse é o 16 coletivo danificado por bandidos emSão Paulo em menos de trinta dias.
Os incendiários atacaram o veículo na altura do número 6.380 da via, no bairro do Campo Limpo, às 21h30. O ônibus articulado, da Viação Campo Belo, fazia a linha Terminal Campo Limpo-Pinheiros. Os vândalos botaram fogo no banco do cobrador. Depois correram. O motorista do veículo conseguiu apagar o incêndio com um extintor. O caso foi registrado no 89 Distrito Policial (Portal do Morumbi).
O governador Geraldo Alckmin (PSDB) disse que os ataques contra ônibus eram atitude de “desespero” dos criminosos, pois a “polícia foi para cima do tráfico de drogas. Como eles estão tendo dificuldade de vender cocaína e derivados apreendidos, começam a querer desviar a atenção fazendo esse tipo de vandalismo”.
Na última quarta (4), a Polícia Militar registrou um boletim de ocorrência de ameaça de ataque, feita por telefone, contra a base da PM localizado no Largo São José do Belém, no Belém, Zona Leste da cidade. No domingo, um taxista atendeu o telefone do ponto, localizado no largo, e recebeu o seguinte recado, passado por uma voz masculina: “Avisa que nós vamos explodir a base da PM com uma granada”.
A PM levou à Polícia Civil o número do telefone usado pelo criminoso, que ficou gravado no identificador de chamadas.
Um ex-PM que fazia segurança em Perdizes, Zona Oeste, e um ex-sargentos da PM foram vítimas de assalto, segundo a polícia, e assassinados por criminosos na quarta e quinta-feira.
Ex-PM morre em assalto na Baixada; é o 2º caso em 2 dias
Um sargento reformado da Polícia Militar foi morto durante uma tentativa de roubo no Guarujá, Litoral Sul, às 18h de ontem. O crime teria ocorrido no bairro Gonzaguinha e, até a conclusão dessa edição, a identidade do policial não foi divulgada. Duas pessoas são investigadas pelo crime, segundo a assessoria da PM.
Na tarde de anteontem, o ex-PM Denilson Nogueira dos Santos, 35 anos, reagiu a um assalto em frente a produtora Cuatro Cabezas e morreu. Denilson trabalhava como segurança do local, em Perdizes, Zona Oeste.
Sete policiais militares foram executados na onda de violência que aflige São Paulo desde a metade de junho, em ataques do crime organizado. Até o momento, a morte desses dois PMs é investigada como latrocínio.
Fonte: Diário de São Paulo