Polícia apreende armas e R$ 50 mil com ex-presidente do sindicato dos motoristas no Campo Limpo

A polícia apreendeu na manhã desta quarta-feira cerca de dez armas e R$ 50 mil em dinheiro, escondidos dentro de uma panela, na casa de Edvaldo Santiago, ex-presidente do Sindmotoristas (Sindicato dos Motoristas e Trabalhadores em Transporte Rodoviário Urbano) de São Paulo, no Campo Limpo (zona sul da cidade). A apreensão faz parte de uma megaoperação contra a diretoria do sindicato.

Também foi preso um homem ligado ao sindicato com uma arma calibre.22 sem registro. Ao todo, os policiais civis do DHPP cumprem 21 mandados de busca e apreensão autorizados pela juíza Élia Kinosita Bulman, do 2º Tribunal do Júri da Capital.

O objetivo da megaoperação é recolher possíveis provas que possam ligar os membros do Sindmotoristas aos assassinatos de Sérgio Augusto Ramos, 48, o Serjão, em outubro, e de José Carlos da Silva, 50, o Irmão da Sambaíba, mês passado.





Santiago afirmou que o dinheiro apreendido foi declarado no Imposto de Renda –ele afirma que teria R$ 85 mil declarados à Receita. O ex-presidente do sindicato também disse que anda com colete à prova de balas. “Sempre andei com medo. Tantos companheiros que moram no sindicato”, afirmou. Ele nega envolvimento na morte de Ramos e Sambaíba.

As duas vítimas eram diretores de base do sindicato e foram mortas de maneira semelhante: por uma dupla de matadores que estava em uma motocicleta.

Dentre as casas de diretores do Sindmotoristas vasculhadas hoje pela Polícia Civil estão as do presidente da entidade, Isao Hosogi, o Jorginho, e do diretor de finanças, José Valdevan de Jesus Santos, hoje vereador em Taboão da Serra (Grande SP), conhecido como Valdevan Noventa e já investigado pela polícia por suspeita de elo com a facção criminosa PCC (Primeiro Comando da Capital). Santos sempre negou relação com o grupo criminoso.

José Ilton Pereira, o Zé Ilton, diretor jurídico do Sindmotoristas é outro alvo da operação do DHPP.

Fonte: Folha de S. Paulo





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